Sobe o som: Ylana Queiroga

Luíza Tiné sex, 20/03/2015 - 20:05

Ela nem lembra ao certo quando começou a cantar. Inclusive, gosta de dizer que nasceu cantando, ao invés de chorando. Filha de Nena Queiroga e do Maestro Spok, não poderia ser diferente. Ylana Queiroga, literalmente, veio a este mundo já inserida no universo musical desde a barriga da mãe, que por sinal, entrou em trabalho de parto logo após um dos seus shows. Hoje ela já segue sua carreira solo, já tem o seu próprio disco gravado e cada dia mais encanta o público com seu carisma e sua voz incomparável.
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O fato dela ser filha de quem é, de certa forma, ajudou a alavancar a sua carreira artística. Mas não se pode negar que Ylana tem um dom especial, uma voz única, que a distingue do pai e da mãe e dá à ela sua própria personalidade. Quando começou a cantora? Cedo, afinal de contas, além dos pais, na sua família materna existem seis tios que trabalham direta ou indiretamente com música, além da avó. Não dava, realmente, para fugir, principalmente porque ela estava sempre pelos backstages da vida. "Lembro que uma vez a minha mãe colocou um travesseiro e cobertor dentro da case de um teclado, nos fundos do palco, pra que eu pudesse dormir. O show lá, rolando, e eu dormindo quietinha" recorda Ylana, que também é mãe de Bento (8 anos) e Tomé (6 anos) e faz questão que os filhos, sempre que possível, a acompanhe nas apresentações para vivenciar aquilo que a mãe faz.
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Aos quatro anos a moça dos cabelinhos cacheados ganhou o primeiro cachê por gravar um single publicitário para um colégio local e daí não parou mais. Dos jingles, coros infantis e campanhas da infância, migrou para os palcos, onde trabalhou como backing vocal de alguns artistas como a mãe Nena Queiroga, Fafá de Belém e Elba Ramalho, e participou de projetos especiais como uma turnê com o poeta e humorista paraibano, Jessier Quirino. Sem falar no Carnaval do Recife, que pra ela, além do trabalho, é um momento de confraternização entre os membros da família envolvidos com a música, a começar pelo pai, o Maestro Spok. Em 2015, por exemplo, Ylana participou de um trio elétrico no Galo da Madrugada pela 13ª vez.
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O seu primeiro disco, entitulado Ylana, demorou seis anos para ser lançado oficialmente. Tudo feito sem pressa nenhuma, com cuidado, requinte, participações pra lá de especiais. "Não queria fazer de qualquer jeito. Demorou, mas foi lançado no momento certo, quando eu já estava mais madura também - entrei em estúdio pra começar as gravações com apenas 17 anos" comenta. O disco então foi apresentado em 2010 no Festival Abril Pro Rock. Para ela, foi uma das apresentações mais importantes da sua carreira, que além de ter sido o pontapé inicial de tudo, foi transmitido ao vivo pela BBC de Londres.
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O estilo de Ylana é difícil de definir. Ela mesma diz que não tem estilo próprio. "Minha música não tem rótulos, é uma salada, transita por várias vertentes, é o meu estilo Ylana de ser" argumenta. Porém, uma coisa que ela não deixa de frisar é que faz questão de manter as suas raízes pernamambucana, nordestina, brasileira. Ela acrescenta: "Não mudo nem meu sotaque, porque isso é o que faz a pessoa que eu sou". E música nacional também é a sua paixão. Artistas como Elis Regina, Dalva de Oliveira, Baby do Brasil, Angela Maria, entre outros, é o que você vai encontrar no seu iPod. E além de cantora, Ylana também compõe. Ela conta que suas maiores fontes de inspiração são os seus dois filhos, a sobrinha Flora, de onze meses, e as mulheres da sua família, além da mãe natureza.
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Ainda falando em composições autorais, chegamos ao assunto do segundo disco. A cantora, que já se apresentou fora de Pernambuco em lugares como o Sesc Pompeia em São Paulo e no Circo Voador, no Rio de Janeiro. está prestes a entrar em estúdio para gravar o próximo CD, e garante que desta vez, não vai demorar tanto tempo - o planejamento é que a bolacha esteja nas ruas no começo do ano que vem. Enquanto isso, ela também continua trabalhando, paralelamente, com o músico Júlio Morais no projeto infantil Tim Tim Por Tim Tim, que é, asumidamente, uma de suas maiores paixões. E para o ano de 2015 a proposta é continuar difundindo a sua música, apresentando as novas composições aos poucos, e continuar encantando os ouvidos, e principalmente, os corações do público com a sua melodia. Ficamos no aguardo, então, de cada vez mais novidades! Enquanto isso, confira o áudio da música Calcanhar, no player abaixo, e o ensaio feito com Ylana Queiroga por Paulo Uchôa, do LeiaJá Imagens, no Sítio Trindade:

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Sobe o Som: Sebastião e os Maias

Luíza Tiné sex, 16/01/2015 - 18:42

Eles eram amigos desde os tempos de colégio e em comum, sempre tiveram a admiração por Sebastião Rodrigues Maia, o conhecido Tim Maia, ícone da música popular brasileira. E então, da vontade de se juntar para interpretar as suas canções, nasceu no Recife, em janeiro de 2012, a banda Sebastião e os Maias, cujo nome também homenageia o artista carioca. Uma mistura de dez músicos no palco, que se dividem entre saxofone, trompete, guitarras, percussão, bateria, teclado e vocal, trazem para a plateia uma apresentação recheada de clássicos, com novas roupagens, arranjos, um toque especial, além do bom humor e simpatia de cada um.
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A Sebastião e Os Maias tocou pela primeira vez em evento na sede do Partido Verde, que fica na Avenida Mário Melo, após ensaiar por duas semanas na garagem do vocalista Rafael Cavalcanti. Não poderia ter dado mais certo. De lá, foram tocar no Casa do Cachorro Preto, em Olinda. Desde então, o grupo não parou, e em 2015, comemoram o terceiro ano com cada vez mais vontade de tocar por aí. Os integrantes da banda afirmam que o som de Tim Maia, por suas fortes características de soul, influenciou (e influencia!) musicalmente cada um deles, apesar de todos terem gostos diferentes. "Aqui, cada um gosta de uma coisa, mas é em Tim Maia que todo mundo se encontra, sem rótulos", afirma o guitarrista Thiago Menezes. A proposta do grupo então, é fazer com que o legado do cantor, falecido em 1998, continue vivo nos dias de hoje e atingindo a todas as gerações, já que para eles, não existe público específico para curtir o show.
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O repertório do grupo é baseado nas diversas fases de Tim Maia, não focando apenas nas canções mais famosas. Os ensaios e a seleção musical são feitos através de um processo criativo, onde eles buscam encaixar naquilo que já é existente, as suas próprias caras, tornar aquilo deles, sem perder, é claro, a essência daquele que os inspira. "A música de Tim Maia é muito ampla, um terreno muito fértil, a gente consegue criar bastante e se divertir enquanto faz isso, já que não queremos fazer igual" dispara Rafael Cavalcanti, vocalista. Além do circuito de festinhas do Recife, a banda tem se apresentado em eventos particulares, como casamentos e formaturas, já que, segundo eles, o espaço para a música alternativa na cidade, onde atualmente predomina o brega e o sertanejo universitário, ainda não é tão amplo. O público, no entanto, tem respondido positivamente.
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Vale destacar que os integrantes da Sebastião e Os Maias, que tem jornalista, professor, empresário, funcionário público, ator, músico, entre outras profissões, 
também tem outros projetos paralelos à banda. O vocalista Rafael Cavalcanti, por exemplo, integra o elenco da Ópera do Malandro, em cartaz no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e Chico Rocha, Thiago Menezes, Rafael Gadelha e Cássio Sales, que são guitarristas, baixista e baterista, respectivamente, compõem a banda Cosmogrão e o trompetista Márcio Oliveira, que também está prestes a lançar um CD.
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No palco, o figurino chama a atenção. Enquanto Rafael veste uma camisa colorida brilhante, típico de Tim Maia, os demais integrantes vestem a cor branca, que representa a fase mais racional do cantor. E quando o assunto é planos para 2015, a banda afirma que quer levar a irreverência da Sebastião e Os Maias para as fronteiras além de Recife e Olinda, até cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. Não existem discos ou DVDs gravados, afinal de contas, a proposta do grupo é de interpretar, e não vender. Posteriormente, quem sabe, deve ser feito um material de divulgação. Em tempo, o grupo se apresenta no próximo dia 30 de janeiro, no tradicional bloco carnavalesco Guaiamum Treloso, que acontece no Boca da Mata. Para o período pós-folia de momo, também já está sendo articulado um outro evento liderado por eles, o Bloco do Síndico, no dia 20 de fevereiro no Vapor 48. Enquanto isso, confira no player abaixo o trabalho dos meninos, e o ensaio fotográfico feito por Paulo Uchôa, do LeiaJáImagens, no Capibar.


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Sobe o Som: Victor Ferrari

Luíza Tiné sex, 19/12/2014 - 20:12

Seu primeiro contato com a música foi ainda criança. O irmão mais velho ganhou um violão e ele, um cavaquinho, porque a mãe não conseguiu achar uma versão menor do instrumento. Aos nove anos, o mesmo irmão comprou um teclado e ele ficava o tempo todo pedindo pra que ele o deixasse tocar. Foi assim que Victor Ferrari se apaixonou pela música. Hoje em dia, formado em Música e pós graduado em Criação Publicitária pela Universidade Federal de Pernambuco, se divide entre a carreira musical e a de servidor público.
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Quando o interesse em tocar no teclado do irmão surgiu, a mãe de Victor foi a primeira a incentivá-lo a aprender de fato, matriculando-o no Conservatório Pernambucano. Aos 14 anos, ele já se apresentava profissionalmente nas noites do Recife e assim seguiu até o ensino médio, quando precisou se dedicar aos estudos para o vestibular. A ideia inicial era de cursar Administração de Empresas, mas os planos mudaram e o rapaz foi continuar estudando música. Em 1997, Victor passou a fazer parte da conhecida banda Quenga de Coco como tecladista e em 2005, com a saída do vocalista Geraldinho Lins para fazer sua carreira solo, o músico assumiu o posto de cantor e passou a tocar o acordeon. A Quenga de Coco, por ser um grupo que toca especificamente o forró pé-de-serra, só trabalhava mais ativamente no período junino, porém o público passou a pedir que Victor se apresentasse tocando estilos variados, surgindo então, a carreira solo. A banda ainda continua, porém se apresentando sazonalmente durante o São João, mas, ao longo do ano, Victor segue fazendo o seu show pelas casas de show de Recife, além das festas particulares.
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No seu show não existe um estilo predominante, ele garante que toca de tudo: forró, sertanejo, arrocha, brega, o que a plateia quiser. A audiência também, sem restrições. Victor conta que toca para todos os públicos, para todas as idades, sem discriminações. "A minha alegria é de tocar, independente do lugar em que eu esteja" comenta. O seu setlist é formado por regravações de canções tradicionais de Valdick Soriano, Reginaldo Rossi, Petrúcio Amorim e sucessos atuais de Jorge e Mateus, Victor e Leo, entre outros, além das composições de autoria própria, como Magia e Pega o Beco. Suas influências musicais, como todo bom forrozeiro nordestino, são Dominguinhos e Luiz Gonzaga, e como todo recifense, Lenine. Inclusive, Victor teve a oportunidade de dividir o palco com Dominguinhos em uma das apresentações com a Quenga de Coco, assim como Flávio José, Santana, Geraldinho Lins, Maciel Melo, grandes nomes da cena musical pernambucana. A rotina? Pra ele é tranquila. Durante o dia, servidor público, à noite, artista. E assim segue pelo ano inteiro.
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Victor chegou a gravar sete CDs com a Quenga de Coco e um na sua carreira solo. E vem novidade por aí. Apesar de não fazer muitos planos, por afimar ter o pé no chão e acreditar na vontade de Deus, em 2015, o cantor pretende gravar um novo disco, algo que seja mais a sua cara, com mais canções autorais, pois pretende incorporar a música cada dia mais na sua vida. Estamos no aguardo! Por enquanto, Victor vai estar pelo segundo ano consecutivo no Réveillon do Brahmeiro, no Sr Chopp do Espinheiro, animando a chegada do ano novo. No player abaixo, confira o vídeo de Pega o Beco, uma das canções autorais do músico, e o ensaio fotográfio feito por Paulo Uchôa, do LeiaJáImagens, na Praça do Arsenal.

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Sobe o Som: Santa Dose

Luíza Tiné qui, 11/12/2014 - 18:49

Que tal se todo mundo tomasse uma dose de forró? Foi mais ou menos este o pensamento do empresário Iggor Leonardo quando resolveu criar a Santa Dose. A banda de forró vem cativando o público do Nordeste com o seu ritmo dançante e letras irreverentes nas suas composições. Nanara Bello, vocalista do grupo há apenas três meses após o afastamento da paraibana Raquel Costa, distribui carisma e simpatia e ajuda na consolidação do nome Santa Dose nas casas noturnas do Recife e também nos estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará, por onde tem passado.
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A banda surgiu há dois anos e meio na capital pernambucana com uma proposta de fazer um forró para agradar gente de todas as idades e classes, o que vem tendo resultado, já que desde crianças até idosos comparecem aos shows e interagem através das redes sociais, principalmente do Instagram, nos perfis @forrosantadose e @nanarabello. No assunto repertório, a Santa Dose busca sempre a boa qualidade. Para a composição de novas canções, existe uma parceria com grandes compositores como Marquinhos Maraial, Beto Caju e Arley Christian, já conhecidos no cenário do forró de todo o Brasil. O setlist dos shows é mesclado entre as composições da banda e regravações de sucessos da atualidade. A Santa Dose está sempre de agenda lotada, chegando a fazer de 12 a 15 shows por mês dependendo da época do ano, como por exemplo, o São João, que a demanda de contratações para eventos é sempre maior.
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Recentemente, o grupo gravou o segundo DVD da sua história - primeiro com a participação de Nanara -  na Reserva do Paiva intitulado Sunset 360º Santa Dose. O evento teve a venda de ingressos esgotados, estrutura de grande porte (como iluminação e palco no formato de 360º graus) e participação intensa do grupo. O trabalho, até então, vem sendo considerado uma das maiores realizações do grupo. Além deste, já existe um outro DVD gravado no Forte do Brum, que inclusive, contou com a participação de Reginaldo Rossi, há cerca de um ano e meio atrás, ainda com a antiga vocalista.
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Com a chegada de Nanara a Santa Dose pretende também se renovar e começar o ano de 2015 com o pé direito. A moça, que é natural de Arcoverde, Pernambuco, começou a cantar profissionalmente aos 12 anos e antes de ser aprovada no processo de seleção da nova vocalista para a banda, cantava em orquestras. A moça divide o palco com mais onze músicos divididos em backing vocals, bateria, sanfona, baixo, guitarra, teclado, percussão e metais. Ela conta que para se inspirar tanto vocal como artisitcamente, se inspira em grandes nomes do forró como Solange Almeida, da Aviões do Forró, e da música pop como Beyoncé e Shakira.
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A Santa Dose está se preparando para lançar uma nova música, em março de 2015, intitulada Perdeu Playboy. A música de trabalho atualmente é a Whisky 12, que já vem sendo tocada nos shows e caindo nas graças da galera. No player abaixo, confira o clipe da música que foi gravado também na Reserva do Paiva e a galeria de imagens feita com Nanara por Paulo Uchôa, do LeiaJáImagens, pelas ruas do Recife Antigo.


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Sobe o Som: Julio Morais

Luíza Tiné sab, 22/11/2014 - 18:04

Ele é músico, produtor musical, arranjador, técnico de som e de quebra, formado em Design Gráfico e fotógrafo. O tipo de cara que se pode dizer que tem mil e uma utilidades. Julio Morais apareceu na cena musical pernambucana e desde então, vem agradando os nossos ouvidos com suas composições. Ele tinha apenas 15 anos quando pediu o primeiro violão ao pai - que diga-se de passagem, resistiu no começo em comprar o instrumento para o rapaz, já que ele já havia ganhado um teclado, que havia deixado de lado com apenas um mês de uso. No final das contas, conseguiu convencê-lo e ganhou a tão esperada viola, que aprendeu a tocar sozinho, com a ajuda de revistas de cifras musicais. Foi a partir daí que Julio Morais descobriu, então, que tinha a capacidade de tocar e compor.
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Sua primeira música, Somos Todos Iguais, foi o pontapé para a carreira musical. Após a conclusão do ensino médio, período no qual montou a sua primeira banda, Julio foi aprovado no vestibular de Licenciatura em Música na Universidade Federal de Pernambuco, porém, chegou a frequentar o curso por apenas três meses e resolveu desistir para, de fato, colocar a mão na massa. Então, nasceram alguns projetos, o rapaz começou a tocar na noite e conta que lembra do seu primeiro show na extinta Toca da Joana, em Casa Amarela. Um dos projetos preferidos de Julio se chamava Estampa, onde ele fazia releituras de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, e que nos conta que pretende voltar.
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Em meados de 2008/2009, foi gravado o seu primeiro EP com sete músicas, todas autorais, que, infelizmente, teve uma passagem bastante rápida pela cena musical. Julio resolveu então, dar uma pausa na música e se dedicar à faculdade de Design Gráfico, continuando apenas com a produção de trilhas sonoras para peças de teatro e espetáculo de dança. O músico chegou a concluir a graduação e exercer a profissão (por sinal, ainda trabalha como freelancer) mas não demorou muito para perceber que o que ele queria mesmo era viver de música, para a música. Sua volta ao meio musical ficou marcada pelo lançamento do seu primeiro disco, Para Que Você Me Veja, no final de 2013, produzido totalmente por ele, desde a composição das canções até os arranjos musicais.  A bolacha tem participações especiais de Fábio Trumer e Ylana Queiroga, que por sinal, acabou se tornando grande amiga do cantor. Da parceria entre os dois, também nasceu a música Nossa, hoje em dia tocada nos shows de ambos. 
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Julio Morais define o seu estilo musical como pop. Para ele, o seu som se encaixa na categoria de música popular brasileira, onde tudo é muito simples e de fácil assimilação, apesar de outros artistas e amigos afirmarem que o músico tem um estilo totalmente rebuscado. Seu público? Todo mundo! A ideia é abranger a todos com o seu trabalho, sem excluir ninguém. Como suas maiores influências musicais, Julio não pensa duas vezes antes de citar os nomes dos Paralamas do Sucesso e Paulinho Moska, e se declara fã da música nacional e principalmente, da Bossa Nova.

Além da carreira solo, Julio também separa uma parte do seu tempo para o projeto Tim Tim Por Tim Tim, voltado para o público infantil, também com canções de própria autoria, que nasceu em 2014, em parceria com Gabi Barreto, do Gabi Por Aí. A convite de Gabi, o artista foi tocar junto com ela no Música de Vitrine na vitrine de uma loja infantil e daí, surgiu a ideia de fazer algo para os pequenos. Gabi, no entanto, está se afastando aos poucos por conta de outros compromissos profissionais e Ylana Queiroga, então, deve assumir o posto. Um CD deve ser gravado já em 2015 - duas amostras do que virá na produção já podem se encontradas na página oficial da banda no Facebook.
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Quando o assunto é o lançamento de um novo disco, não existe nenhum prazo programado. Algumas experiências e composições, no entanto, já estão começando a tomar forma e dar caminho para um segundo CD. Outra novidade é que um show do disco Para Que Você Me Veja deve acontecer ainda em dezembro, antes do ano acabar. Estamos esperando, então! Enquanto isso, fique com o ensaio fotográfico com Julio Morais feito por Paulo Uchôa, do LeiaJá Imagens, na praia de Boa Viagem.

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Sobe o som: Leo Guilherme

Luíza Tiné sex, 14/11/2014 - 18:00

14 anos. Foi com esta idade que Leonardo Guilherme resolveu se inscrever no Conservatório Pernambucano de Música para aprender a tocar violão, e entrou para o mundo da música para nunca mais sair. Ele conta que lembra como se fosse ontem do seu primeiro show: "Foi em um festival, uma grande festa de rua no Cabo de Santo Agostinho com shows de Netinho da Bahia e Timbalada" comenta. Hoje, aos 18, concilia a carreira musical com os estudos no curso superior de Administração, mas já está decidido sobre qual será a carreira profissional que vai seguir.

Leo Guilherme, como ficou conhecido na cena artística pernambucana, começou a tocar nos bares da Região Metropolitana do Recife e então, criou um projeto solo que tocava música sertaneja, que durou pouco mais de dois anos. Durante este período, o jovem teve a oportunidade de participair de grandes festivais como o Festeja, e também de abrir shows de artistas como Zezé de Camargo e Luciano e Ivete Sangalo. Em 2011, chegou até participar do tradicional quadro do Banquinho, do Programa Raul Gil, o que de fato, abriu ainda mais portas para a sua carreira.

Há pouco mais de um ano e meio, Leo resolveu mergulhar no universo do forró, onde se juntou à banda Santropê, já existente no mercado, e criou o projeto Leo Guilherme e Meu Forró Santropê. Desde então, o grupo vem fazendo vários shows não só em Pernambuco, mas também em Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Ele acredita que o ritmo, diferente do sertanejo, tem uma aceitação maior do público em todo o Nordeste, e foi devido a música Contrato Assinado que o artista, já junto à nova formação da banda, caiu ainda mais nas graças da galera e expandiu o seu trabalho. Atualmente, Leo Guilherme faz cerca de 15 a 20 shows por mês.
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Quando o assunto é as influências musicais, o jovem artista faz questão de citar Nando Cordel. Para ele, o músico pernambucano é não só um exemplo a ser seguido, mas também grande amigo e conselheiro. Leo também cita a dupla Jorge e Mateus, Wesley Safadão e Gabriel Diniz, com quem já teve a oportunidade de dividir o palco, como ídolos. Em seu show, o público desfruta de uma mistura do forró estilizado com xote, além dos tradicionais momentos de "roedeira", onde o cantor faz um momento de músicas no estilo voz e violão. A proposta de Leo Guilherme e o Meu Forró Santropê é de tocar o ritmo o ano todo, porém, adaptando as apresentações de acordo com a época do ano, como por exemplo, o carnaval, onde se faz um bloco de forró elétrico. Durante os quatro anos de carreira, já foram gravados três DVDs e três CDs, sendo dois com o projeto solo, e um desde que se juntou à banda.
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A grande novidade é que Leo Guilherme acaba de ser aceito para estudar música na Liverpool Institute of Performing Arts, na Inglaterra, fundada por ninguém menos que o ex-Beatle Paul McCartney. O artista participou de um processo seletivo que envolveu uma prova de conhecimentos básicos musicais e foi selecionado para compor um grupo de apenas 30 estudantes. A viagem para Liverpool já está marcada para o dia 7 de fevereiro de 2015 e o moço ficará nas terras da rainha por nove meses, onde também vai aproveitar para estudar inglês. A distância, no entanto, não será um problema. Leo Guilherme garante que este não é um adeus, e apenas um até logo, pois, sempre que puder, vai mandar novidades para o Nordeste. Toda a sorte do mundo e muito mais para este jovem talento! Confira agora o ensaio feito com Leo Guilherme por Paulo Uchôa, do LeiaJá Imagens, no Marco Zero:

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Sobe o Som: Zé Cafofinho

Luíza Tiné sex, 07/11/2014 - 17:54

Tiago de Melo. Muita gente não sabe, mas esse é o verdadeiro nome do autêntico Zé Cafofinho, nascido no Recife, figura conhecida na cena musical não só pernambucana, mas também nacional. O apelido foi dado pelo amigo Raphael B, há dez anos atrás, fazendo uma paródia a música Zé Fofinho de Ogum, de Bezerra da Silva, já que o cantor gostava de usar branco nas sextas-feiras e frequentar terreiros. A brincadeira, então, acabou se tornando em nome artístico e de certa forma, uma máscara para o artista, que define a si mesmo como uma pessoa tímida, por mais que não pareça.
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A paixão pela música veio desde cedo, ainda criança, quando fazia aulas de piano e violão no Conservatório Pernambucano de Música. Porém, Cafofinho conta que o momento em que ele realmente decidiu seguir a carreira profissional de músico, foi aos 17 anos, quando deixava de ir às aulas no Colégio Nóbrega para assistir os ensaios da gravação da trilha sonora do Baile Perfumado, com Paulo Rafael, Mestre Ambrósio, Mundo Livre e Nação Zumbi. "Eu pulava o muro da escola, e por ser aluno do Conservatório,  conseguia ter acesso aos estúdios, e ficava lá sentado, escutando, assistindo tudo" relata. Aos 18 anos então, já possuía a sua carteira da Ordem dos Músicos do Brasil e hoje em dia, por possuir seus direitos autorais, vive exclusivamente para a música.
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Antes da carreira solo, Zé Cafofinho integrou as bandas Songo e Variant, onde gravou um disco com cada, além de dois ábuns com o pai, que toca gaita em ritmo de forró. Já como Zé Cafofinho, foram lançados os álbuns Um Pé Na Meia, Outro de Fora e Dança da Noite, sem falar nas várias participações com artistas ao redor de todo o país. Tais participações, inclusive, são o tempero especial para que o músico continue na estrada. "Sou influenciado por muita gente e tenho muitos ídolos, como Tarantino e Luiz Gonzaga, Adoniran Barbosa e Bob Marley, uma lista enorme que cresce todo dia. O bom de fazer o que eu faço é justamente isso, ter a oportunidade de trabalhar com eles" comenta. Tiago ainda conta que uma das parcerias mais importantes na sua caminhada foi quando conseguiu juntar Rildo Hora e Gaby Amarantos, dois artistas de gêneros totalmente opostos, quando foi ganhou o prêmio Rumos da Música, do Banco Itaú.
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Quando a pergunta é sobre o estilo musica de Zé Cafofinho, a resposta é difícil. Nem ele mesmo sabe dizer se ele tem um estilo definido. Para ele, que toca inúmeros instrumentos, a inspiração para o seu trabalho vem de outras artes, do cinema, da pintura, passando por músicas brasileiras, nordestinas, asiáticas, do leste europeu, e até da barraquinha que passa na rua de sua casa. O músico garante que está sempre atento, e isso é que faz o seu estilo.
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A novidade para 2015 é o disco Casulo, que vai ser lançado em meados de janeiro do ano que vem. O trabalho foi feito com a colaboração de Júnior Areia e Homero Basílio e diferente dos outros, neste, em particular, Zé Cafofinho toca guitarra pela primeira vez, afinada como um violino. A bolacha vai se chamar Casulo, pois, segundo o artista, foi algo onde ele se enclausurou e encasulou, de forma que pudesse ter um mergulho com ele mesmo, já que ao longo dos anos tem feito tantas colaborações, com a ideia de fazer algo bem diferente, com uma assinatura própria. Do disco, já estão disponíveis para download na internet as faixas Luva Pele e Migratorium, e ele promete que em dezembro, serão lançadas mais outras duas, juntamente com um videoclipe. Nada ainda definido, A conferir, então! Enquanto isso, fique com o ensaio feito com Zé Cafofinho pelo fotógrafo Paulo Uchôa, do LeiaJá Imagens.

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Sobe o som: Vanessa Oliveira

Luíza Tiné sab, 01/11/2014 - 17:01

Ela foi descoberta artísticamente aos 12 anos quando participou de um show de calouros no Recife. Hoje, aos 34, Vanessa Oliveira divide a sua carreira profissional na música com os afazeres de mãe, esposa, dona de casa, produtora e empresária. E pra quem acha que ela reclama da demanda, a resposta é direta, com um sorriso no rosto: "Eu sou uma pessoa 100% realizada!"
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A ideia de participar do programa de auditório foi da mãe de Vanessa, dona Angela, que desde muito pequena, sempre acreditou no seu potencial. O propósito do show era de dançar, já que a moça queria ser dançarina, e dublar uma música de Mara Maravilha, mas por conta do microfone que estava ligado, a voz de Vanessa se sobressaiu à dublagem, mostrando então que a garota tinha talento de verdade. Desde então, não parou. Ainda aos 12 anos, gravou seu primeiro disco, na verdade, um LP, independente, financiado com recursos próprios. Então, passou a cantar com outros artistas, como André Rio, com quem trabalhou como backing vocal durante 10 anos e pode conhecer vários outros nomes da cena musical pernambucana, o que foi essencial para o seu crescimento.
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A carreira solo profissional, no entanto, teve início aos 17 anos. "Engraçado que muita gente começa com banda e depois segue para a carreira solo depois, eu fui ao contrário (risos)" brinca Vanessa. Por ter mergulhado de cabeça no mundo da música tão cedo, a artista não chegou a fazer nenhuma outra faculdade, e afirma que terminou os estudos com dificuldade, já que a agenda de shows estava sempre lotada. Se rola algum tipo de arrependimento por causa disso? Nenhum! "Música é minha vida" dispara.
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Após muito tempo trabalhando em estúdio, com publicidade e vários artistas do Estado, em 2010 Vanessa retomou a sua carreira solo e gravou o seu primeiro CD, intitulado O Outro Lado da História, que apesar de ser composto por canções de outros compositores, resumem bem a sua trajetória musical, que segundo ela mesma, é bem misturada. "Eu sou braasileira, gosto dessa coisa do mix de raça, credo, política, futebol, e trago isso pra minha música. Já passei pelo frevo, forró de raiz, escutei muito rock and roll e desta forma, fui construindo um mosaico até chegar onde estou" comenta.
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E foi justamente neste universo musical que Vanessa conheceu o marido Thiago Hoover, que faz parte da banda Mamelungos, com quem tem um filho de cinco anos chamado Theo. O casal, apesar dos inúmeros compromissos profissionais, fazem questão de não ter babá e não se importam em se desdobrar e fazer todo esforço possível quando o assunto é cuidar do pequeno. Para eles, todo cansaço é válido para não perder nenhum momento da vida da criança.
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O pequeno Theo, inclusive, foi uma das inspirações para um dos projetos paralelos de Vanessa chamado A Bandinha, voltado para o público infantil, criado em 2012, em parceria com algum dos integrantes da Mamelungos. O show  é composto por canções do Saltimbancos, A Arca de Noé, Trem da Alegria, Balão Mágico e outros grupos. Por ter sido um sucesso, A Bandinha permanece até hoje, e agora, em parceria com o personagem Bita, uma animação do Discovery Channel, formando A Bandinha do Bita, que inclusive, está para sair em turnê pelo Brasil em 2015. Ainda da parceria com os Mamelungos, também existe um outro projeto, batizado Besta é Tu, um show formado por releituras dos Novos Baianos. O primeiro show neste formato aconteceu em maio deste ano e caiu nas graças do público.
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Além da carreira solo, d'A Bandinha do Bita e do Besta é Tu, Vanessa ainda consegue tempo para cantar na SpokFrevo Orquestra, do maestro Spok, durante o carnaval. Já quando o assunto são novos projetos, e consequentemente, um novo disco, a artista conta que só deve acontecer  em meados do segundo semestre de 2015. No próximo mês de dezembro, no entanto, Vanessa sobe ao palco do Chevrolet Hall para o Festival da MPB, juntamente com os Mamelungos. Enquanto isso, confira o ensaio fotográfico de Vanessa Oliveira feito com Paulo Uchôa, do LeiaJá Imagens, no Poço da Panela.

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Sobe o som: Rafa Mesquita

Luíza Tiné sab, 25/10/2014 - 15:16

Ele é novidade na cena musical recifense. Com suas tatuagens, carisma e simpatia sem igual, Rafa Mesquita anda agitando as baladas da capital pernambucana com seu estilo frenético e sintonizado com energias positivas sempre, assim como ele mesmo descreve. Rafa começou a tomar gosto pela música quando tinha apenas 12 anos, onde inspirado pelo avô, aprendeu a tocar violão. O jovem de 26 anos é pernambucano, mas ainda no ensino médio, teve que se mudar para Natal, no Rio Grande do Norte, onde concluiu o curso de Publicidade e Propaganda, retornando ao Recife apenas em 2010. Foi aí que começaram as apresentações em rodas de amigos, que migraram para eventos particulares e casas de festa, e parecem não parar.
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Paralelo à carreira de Gerente Comercial, que ocupa seu tempo de segunda à sexta, Rafa faz shows, religiosamente, todos os finais de semana, de sexta a domingo, sem parar. Tudo isso também alheio aos ensaios e a malhação, que faz questão de não deixar em segundo plano. O rapaz começou sozinho, acompanhado apenas do seu violão e cavaquinho, tocando no estilo seresta. Hoje em dia, comanda um grupo de quatro músicos e mais outras duas pessoas, empresário e produtor, que lhe ajudam a lidar com as demais demandas. 

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Quem vai ao show de Rafa Mesquita pode esperar um repertório bastante eclético. Ele garante, que no seu setlist, tem literalmente, de tudo - do mais antigo ao mais atual, do pop rock ao arrocha. "Certas coisas a gente não pode deixar de tocar de jeito nenhum, como por exemplo, nos dias de hoje, músicas de Pablo" afirma. Porém, apesar da variedade, a essência de seu show é de sertanejo e forró.
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A carreira exclusivamente musical, no entanto, ainda não faz parte dos planos: "A gente vai levando as duas coisas (emprego e música) juntas até onde der. Por enquanto, estou conciliando bem, mas, mais pra frente, aí a gente vê no que vai dar, né? (risos)" disparou o jovem. Mesmo tendo começado há apenas dois anos, a demanda de shows crescendo a cada dia, Rafa Mesquita já pensa em gravar um disco, quem sabe, no próximo ano. A conferir! Enquanto isso, fique com o ensaio feito com Rafa pelo fotógrafo Paulo Uchôa do LeiaJá Imagens na orla de Boa Viagem.

 

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Sobe o som: Só Na Marosidade

Dayw Villar sex, 19/09/2014 - 19:55

Por Thayanne Sales 
Foi em um verão, na praia de Tamandaré, onde tudo começou. Até então desconhecidos, Lulinha, Calukinha, Papel, Deco e Kleber curtiam a temporada de lazer na casa de um amigo em comum, quando iniciaram uma roda de samba despretensiosamente e, seis meses depois, se viram ingressando de vez no mercado da música local. O amigo em questão tinha o apelido de Marosa e inspirou o batismo da banda: "Só na Marosidade", o que, segundo eles, é uma forma de levar a vida.
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Hoje formados em áreas diversas, como Direito, os rapazes continuam na carreira musical e já são "velhos" conhecidos da galera jovem e até mais velha mesmo do Recife. Há quase seis anos, eles comandam a banda Só na Marosidade e estão presentes nas festas mais badaladas da cidade. Os rapazes já dividiram o palco com Thiaguinho e tocaram em grandes eventos, como Samba Recife, outros festivais e eventos particulares. E garantem: "em suas vidas, a banda está sempre em primeiro lugar". Eles levaram a brincadeira a sério e não pretendem mais parar.
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Este ano, a Só na Marosidade se prepara para lançar um CD de verão, relembrando os primórdios da carreira no litoral sul do Estado. No total de projetos, já se vão cinco bolachas: quatro CDs e um DVD, 'Cheguei para ficar', gravado no Cabanga Iate Clube e lançado ano passado.
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Um dos primeiros a se aventurar no cenário musical do Recife, é inegável a influência do grupo no surgimento de outras bandas locais. Muito tranquilos, os integrantes da Só na Marosidade revelam que não têm ciúmes ou vaidades. "São todos (outros músicos) amigos nossos. Ficamos felizes de saber que influenciamos a criação da novas bandas. Até gostamos dessa concorrência, pois mostra que o mercado cresceu", comentam os rapazes.
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Entre os fortes da Só na Marosidade, estão as composições autorais da banda. "Selinho não é gaia", "Não quero mais saber de amor", "Gratinar", são alguns dos sucessos que o público do Recife gosta e sabe cantar. A primeira, assim como algumas outras, são inspiradas em histórias reais que aconteceram com os integrantes do grupo ou amigos deles. O toque de humor é crucial, bem como a influência de grandes nomes do pagode, como Thiaguinho, Revelação, Péricles, etc.
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Já "veteranos", é bem claro que Lulinha, Papel, Deco, Kleber e Calukinha não querem parar por aqui. Além de se manterem no Recife e cidades próximas, como João Pessoa e Natal, a galerinha planeja shows pelo Brasil. A história está só começando e a coluna deseja sorte e um futuro feliz aos rapazes!

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  • 31 Mar Jason Vieira