Seu primeiro contato com a música foi ainda criança. O irmão mais velho ganhou um violão e ele, um cavaquinho, porque a mãe não conseguiu achar uma versão menor do instrumento. Aos nove anos, o mesmo irmão comprou um teclado e ele ficava o tempo todo pedindo pra que ele o deixasse tocar. Foi assim que Victor Ferrari se apaixonou pela música. Hoje em dia, formado em Música e pós graduado em Criação Publicitária pela Universidade Federal de Pernambuco, se divide entre a carreira musical e a de servidor público.
@
Quando o interesse em tocar no teclado do irmão surgiu, a mãe de Victor foi a primeira a incentivá-lo a aprender de fato, matriculando-o no Conservatório Pernambucano. Aos 14 anos, ele já se apresentava profissionalmente nas noites do Recife e assim seguiu até o ensino médio, quando precisou se dedicar aos estudos para o vestibular. A ideia inicial era de cursar Administração de Empresas, mas os planos mudaram e o rapaz foi continuar estudando música. Em 1997, Victor passou a fazer parte da conhecida banda Quenga de Coco como tecladista e em 2005, com a saída do vocalista Geraldinho Lins para fazer sua carreira solo, o músico assumiu o posto de cantor e passou a tocar o acordeon. A Quenga de Coco, por ser um grupo que toca especificamente o forró pé-de-serra, só trabalhava mais ativamente no período junino, porém o público passou a pedir que Victor se apresentasse tocando estilos variados, surgindo então, a carreira solo. A banda ainda continua, porém se apresentando sazonalmente durante o São João, mas, ao longo do ano, Victor segue fazendo o seu show pelas casas de show de Recife, além das festas particulares.
@
No seu show não existe um estilo predominante, ele garante que toca de tudo: forró, sertanejo, arrocha, brega, o que a plateia quiser. A audiência também, sem restrições. Victor conta que toca para todos os públicos, para todas as idades, sem discriminações. "A minha alegria é de tocar, independente do lugar em que eu esteja" comenta. O seu setlist é formado por regravações de canções tradicionais de Valdick Soriano, Reginaldo Rossi, Petrúcio Amorim e sucessos atuais de Jorge e Mateus, Victor e Leo, entre outros, além das composições de autoria própria, como Magia e Pega o Beco. Suas influências musicais, como todo bom forrozeiro nordestino, são Dominguinhos e Luiz Gonzaga, e como todo recifense, Lenine. Inclusive, Victor teve a oportunidade de dividir o palco com Dominguinhos em uma das apresentações com a Quenga de Coco, assim como Flávio José, Santana, Geraldinho Lins, Maciel Melo, grandes nomes da cena musical pernambucana. A rotina? Pra ele é tranquila. Durante o dia, servidor público, à noite, artista. E assim segue pelo ano inteiro.
@
Victor chegou a gravar sete CDs com a Quenga de Coco e um na sua carreira solo. E vem novidade por aí. Apesar de não fazer muitos planos, por afimar ter o pé no chão e acreditar na vontade de Deus, em 2015, o cantor pretende gravar um novo disco, algo que seja mais a sua cara, com mais canções autorais, pois pretende incorporar a música cada dia mais na sua vida. Estamos no aguardo! Por enquanto, Victor vai estar pelo segundo ano consecutivo no Réveillon do Brahmeiro, no Sr Chopp do Espinheiro, animando a chegada do ano novo. No player abaixo, confira o vídeo de Pega o Beco, uma das canções autorais do músico, e o ensaio fotográfio feito por Paulo Uchôa, do LeiaJáImagens, na Praça do Arsenal.